quinta-feira, 13 de agosto de 2015

2.523 palavras para falar da necessidade do silêncio?!


A palavra e a atitude “Silêncio” tomaram a minha mente desde ontem...

Sabe aquela situação em que você diz algo a mais?
Fala desnecessária? Dialogo excedente, me entende?
Pois é. Ontem eu percebi que ando falando muita coisa o tempo todo...

Importante registrar que da minha perspectiva estas falas são necessárias, úteis e certamente colaborativas, do tipo “é para ajudar”, maass eu achar que minha fala é isso tudo de bom, não significa que estou certa, não é mesmo?

Eu creio no direito do ouvinte. Creio sim. É sincero, pode acreditar...
Depois da minha confissão você deve estar pensando exatamente o contrário, e eu lhe dou razão.

A questão é: eu creio mas não freio. Kkkkkk. Rimou, e é isso mesmo.

Percebo que em muitos momentos eu falo “da ferida”, falo daquilo que o outro já viu, mas quer manter em inércia.
Não é visão além do alcance não. É língua solta mesmo.

Bem, passado a experiência de ontem e outras tantas que vieram à minha mente eu quero falar sobre como, quando e porque o tal silêncio.

Para isto é importante entender meu contexto. Tenho marido e um marido e filho de 15 anos.

No dia a dia eu falo do cachorro, do lixo que não desceu, que mau humor é esse? Aconteceu alguma coisa no trabalho? Não arrumou a cama? Estudou?!, celular na mesa?! E a conta? Vai ter comemoração de aniversário? gente ta faltando água no mundo!!! Ligou para fulano? como assim não vão fazer tal coisa ? Você curte tanto, não vai fazer por que?  Qual o motivo da impaciência?! Ta triste com alguma coisa?
Quer conversar?

No meio destas falas do dia a dia. Surgem aqueles que sobram por terem haver com o emocional, com a forma do outro se posicionar no mundo, e, claro, da forma como escolhemos viver de forma tal diferente em situações similares.

Para marido e filho é a mesma coisa. Tem a fala necessária do dia a dia e tem a fala que sobra... Oh meu Deus onde esta o tal silêncio?!??!

Como e quando silenciar?!

Seria ótimo para mim e para quem está a minha volta. Ninguém merece ficar me ouvindo pontuar tudo a todo tempo.

Nem eu dou conta de mim, sério! Mas como entrar no silêncio?!

Deixo a água correr solta? Deixo o outro se envenenar com a impaciência, com a irritação sem pontuar? E quando eu perceber que estão com preguiça de lutar pelo sonho? Deixo quieto? Finjo de morta?!
E a cama? A cama deixa para lá né? Não é a minha mesmo.
E o lixo eu desço.

Resolvido assim?! Eles são tão amorosos, gente boa, responsáveis...
Não precisam de mim falando, falando, não é mesmo?!

E eu não tenho este direito de perturbar. Tenho clareza disso. Sessões de terapia.

A questão é o que faço com a fala que tem vontade de sair?!?!?!? Diz ai:
- Reprime. Reprimir nunca, nem pensar, não quero adoecer!!!
- Enche o saco das amigas. Uma ou duas quintas feiras, mais que isso elas vão parar de me convidar. Não é opção.
- Para de pensar nisto Claudia. Silencia a mente.

Vai viver a sua vida. Vai fazer seu artesanato. Continue amando-os como sempre foi, esteja pronta para ajudar quando for preciso, seja generosa, mas deixe-os livres para viver o que e como quiserem.

Coisa difícil isto, não?!

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