A
palavra e a atitude “Silêncio” tomaram a minha mente desde ontem...
Sabe
aquela situação em que você diz algo a mais?
Fala
desnecessária? Dialogo excedente, me entende?
Pois
é. Ontem eu percebi que ando falando muita coisa o tempo todo...
Importante
registrar que da minha perspectiva estas falas são necessárias, úteis e
certamente colaborativas, do tipo “é para ajudar”, maass eu achar que minha
fala é isso tudo de bom, não significa que estou certa, não é mesmo?
Eu
creio no direito do ouvinte. Creio sim. É sincero, pode acreditar...
Depois
da minha confissão você deve estar pensando exatamente o contrário, e eu
lhe dou razão.
A
questão é: eu creio mas não freio. Kkkkkk. Rimou,
e é isso mesmo.
Percebo
que em muitos momentos eu falo “da ferida”, falo daquilo que o outro já viu,
mas quer manter em inércia.
Não
é visão além do alcance não. É língua solta mesmo.
Bem,
passado a experiência de ontem e outras tantas que vieram à minha mente eu quero
falar sobre como, quando e porque o tal silêncio.
Para
isto é importante entender meu contexto. Tenho marido e um marido e filho de 15
anos.
No
dia a dia eu falo do cachorro, do lixo que não desceu, que mau humor é esse?
Aconteceu alguma coisa no trabalho? Não arrumou a cama? Estudou?!, celular na
mesa?! E a conta? Vai ter comemoração de aniversário? gente ta faltando água no
mundo!!! Ligou para fulano? como assim não vão fazer tal coisa ? Você curte
tanto, não vai fazer por que? Qual
o motivo da impaciência?! Ta triste com alguma coisa?
Quer
conversar?
No
meio destas falas do dia a dia. Surgem aqueles que sobram por terem haver com o
emocional, com a forma do outro se posicionar no mundo, e, claro, da forma como
escolhemos viver de forma tal diferente em situações similares.
Para
marido e filho é a mesma coisa. Tem a fala necessária do dia a dia e tem a fala
que sobra... Oh meu Deus onde esta o tal silêncio?!??!
Como
e quando silenciar?!
Seria
ótimo para mim e para quem está a minha volta. Ninguém merece ficar me ouvindo
pontuar tudo a todo tempo.
Nem
eu dou conta de mim, sério! Mas
como entrar no silêncio?!
Deixo
a água correr solta? Deixo o outro se envenenar com a impaciência, com a
irritação sem pontuar? E
quando eu perceber que estão com preguiça de lutar pelo sonho? Deixo quieto?
Finjo de morta?!
E
a cama? A cama deixa para lá né? Não é a minha mesmo.E o lixo eu desço.
Resolvido assim?! Eles são tão amorosos, gente boa, responsáveis...
Não precisam de mim falando, falando, não é mesmo?!
E
eu não tenho este direito de perturbar. Tenho clareza disso. Sessões de terapia.
A
questão é o que faço com a fala que tem vontade de sair?!?!?!? Diz ai:
-
Reprime. Reprimir nunca, nem pensar,
não quero adoecer!!!- Enche o saco das amigas. Uma ou duas quintas feiras, mais que isso elas vão parar de me convidar. Não é opção.
- Para de pensar nisto Claudia. Silencia a mente.
Vai
viver a sua vida. Vai fazer seu artesanato. Continue amando-os como sempre foi,
esteja pronta para ajudar quando for preciso, seja generosa, mas deixe-os
livres para viver o que e como quiserem.
Coisa
difícil isto, não?!
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